O estrategista de campanha eleitoral de Donald Trump, Jason Miller, comentou o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pela Polícia Federal (PF). “Alexandre de Moraes cometeu um grande erro aqui”, escreveu nesta quinta-feira, 21, em publicação no X.

“Agora, o mundo inteiro verá que Moraes é simplesmente um ditador de terceira categoria, um aspirante, disposto a destruir a democracia e prejudicar o povo do Brasil em sua busca por poder pessoal”, completa. “Alexandre de Moraes é verdadeiramente ‘O Rei Louco’.”

O assessor do presidente dos Estados Unidos teceu o comentário em cima da manifestação de Eduardo sobre o indiciamento. “Minha atuação nos Estados Unidos jamais teve como objetivo interferir em qualquer processo em curso no Brasil”, escreveu o deputado. “Sempre deixei claro que meu pleito é pelo restabelecimento das liberdades individuais no país, por meio da via legislativa.”

.@STF_oficial @Alexandre de Moraes made a big mistake here. Now the entire world will see that Moraes is simply a third-tier, wannabe dictator willing to destroy Democracy and hurt the people of Brazil in a quest for personal power.

Alexandre de Moraes is truly “The Mad King.” https://t.co/BIZjPQkror

— Jason Miller (@JasonMiller) August 21, 2025

Moraes autorizou relatório da PF que indicia Bolsonaro e Eduardo
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou a divulgação do relatório da PF que indiciou pai e filho nesta quarta-feira, 20, a menos de duas semanas do começo do julgamento da Ação Penal n° 2.668, na qual o ex-presidente é acusado de tentativa de golpe.

A PF acusa o deputado licenciado e seu pai de obstrução de Justiça. De acordo com a instituição, os dois teriam atuado para dificultar investigações conduzidas pelo STF, ao pressionarem ministros da Corte no âmbito de inquéritos. O relatório também cita o pastor Silas Malafaia, que foi alvo de operação de busca e apreensão da PF na quarta-feira.

De acordo com o relatório da PF, Eduardo seria uma espécie de “operador internacional”, articulando sanções e propaganda no exterior. Já Bolsonaro atuaria como financiador e beneficiário direto, participando das decisões e “narrativas” para pressionar o Judiciário.

Mensagens de áudio e transcrições feitas pela PF mostram desavenças políticas e familiares, que envolvem também o nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Eduardo se mostrou insatisfeito com a postura do pai diante das negociações de Tarcísio quanto às tarifas norte-americanas e chegou a fazer críticas contundentes ao governador.