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“Crime não se combate com crime”, declara diretor da PF
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“Crime não se combate com crime”, declara diretor da PF

Fala de Andrei Rodrigues sobre crime se deu durante mesa de debates no “Gilmarpalooza” ao lado do governador de SP, Tarcísio de Freitas.

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O diretor-geral da PF (Polícia Federal), Andrei Rodrigues, afirmou nesta 6ª feira (4.jul.2025) que o combate ao crime organizado deve ser feito com vigor e com cooperação transversal entre as instituições, mas resguardando os direitos fundamentais e sem espetacularizar as ações de combate.

Não se pode combater crime cometendo crime. Violência não pode ser combatida com mais violência”, afirmou Rodrigues, ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), durante a mesa de debates “Segurança Pública e Federalismo Cooperativo: Enfrentando as Organizações Criminosas” no 13º Fórum de Lisboa, evento apelidado de “Gilmarpalooza” por ser arquitetado anualmente por Gilmar Mendes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).

Dados do monitoramento do Gaesp (Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial) divulgados em janeiro revelaram que, em 2024, a polícia de Tarcísio e de seu secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, matou 835 pessoas, um aumento de 65% em relação ao ano anterior.

Temos de trabalhar com inteligência, com estratégia e ferramental tecnológico, profissionais equipados para que os resultados venham para a sociedade. Não um resultado momentâneo em uma foto, um vídeo numa postagem em rede social”, disse Rodrigues em fala a jornalistas depois do debate.

Durante a sua intervenção, Rodrigues destacou que sua gestão rejeita a espetacularização das ações da PF. “Não tem mais Japonês da Federal, Hipster da Federal”, afirmou, mencionando agentes que atingiram status de celebridade em gestões anteriores. Ao dizer isso, foi aplaudido.

Questionado em entrevista coletiva pelo Poder360 sobre como a ausência de espetacularização nas ações poderia auxiliar o trabalho da PF, Rodrigues afirmou que, além de garantir os direitos fundamentais, esse tipo de conduta também impacta as contas públicas.

Isso pode muitas vezes levar a anulações, indenizações contra o Estado que vão, ao fim e ao cabo, cair no bolso do cidadão contribuinte. Então, o sistema de Justiça criminal não ganha absolutamente nada expondo, ridicularizando ou fazendo ações espalhafatosas”, explicou.

Quando vai ver, no final do processo, a pessoa é absolvida, o processo é anulado, há vícios de instrução. Isso não é bom para ninguém”, acrescentou.

FONTE/CRÉDITOS: Poder360
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