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Dados de operadora mostram que Filipe Martins não estava em reunião sobre ‘golpe’
Paulo Figueiredo

Brasil

Dados de operadora mostram que Filipe Martins não estava em reunião sobre ‘golpe’

Geolocalização de celular aponta que ex-assessor não esteve no Palácio da Alvorada no dia da suposta reunião do golpe

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Registros da operadora TIM mostram que o celular de Filipe Martins, ex-assessor da Presidência, permaneceu fora do Palácio da Alvorada na manhã de 7 de dezembro de 2022. Nesse dia, segundo a acusação, teria ocorrido uma reunião sobre a minuta do golpe no local.

Dados da Uber obtidos pela defesa também mostram que Filipe Martins não estava no Alvorada.

A defesa de Martins obteve essas informações diretamente com a empresa. Os advogados afirmam que os dados comprovam que ele não participou do encontro. O material será anexado ao processo no qual Martins responde no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta participação na tentativa de golpe.

De acordo com a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Martins teria chegado ao Alvorada às 8h34. Segundo o documento, ele estava acompanhado dos então comandantes do Exército, general Marco Antonio Freire Gomes, e da Marinha, almirante Almir Garnier.

Naquele momento, já se encontravam no local o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o então presidente Jair Bolsonaro. A PGR considera esse encontro uma peça-chave na suposta trama.

Os advogados de Filipe Martins afirmam que ele não esteve no local
Os advogados do ex-assessor afirmam que ele não esteve no local. Como prova, apresentam registros de geolocalização que mostram o aparelho celular conectado a duas antenas na Asa Sul, bairro onde Martins morava em Brasília. Um dos sinais registra conexão à rede entre 6h39 e 8h08. As informações também revelam que, no decorrer da manhã, o aparelho permaneceu na mesma região, com chamadas realizadas às 9h14, 9h54 e 12h09.

Documentos da portaria do Alvorada indicam a entrada de Martins naquele dia. A defesa questiona a veracidade desses registros. Alega falhas técnicas, inconsistências e a ausência de informações sobre a saída do ex-assessor, o que colocaria em dúvida a credibilidade dos dados.

O acesso completo aos registros da operadora segue como alvo da defesa. Desde 2023, os advogados tentam obter esses dados, mas o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, mantém a negativa e só permitiu acesso a informações parciais.

Diante desse cenário, a defesa de Martins prepara um novo pedido de absolvição. Sustenta que, além das falhas nos registros da portaria, o próprio general Freire Gomes admitiu não ter condições de afirmar com certeza se o ex-assessor participou ou não da reunião. Dessa forma, restaria apenas a versão apresentada por Mauro Cid, que, segundo os advogados, não poderia ser considerada suficiente sem apoio de provas materiais.

FONTE/CRÉDITOS: Paulo Figueiredo
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