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Justiça dos EUA avança em ação de Martins no caso de suposta fraude de registros
Paulo Figueiredo

Internácional

Justiça dos EUA avança em ação de Martins no caso de suposta fraude de registros

Defesa luta para provar que Filipe Martins, ex-assessor da Presidência, não viajou aos EUA em data informada pela PF.

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Nesta quarta-feira, 9, o juiz Gregory A. Presnell, da Corte Distrital do Distrito Central da Flórida, deu seguimento ao processo movido por Filipe Martins contra o Departamento de Segurança Interna (DHS) e a Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (EUA).

O processo visa a esclarecer suposto registro migratório falso que mostrou a presença de Martins em Orlando, em 30 de dezembro de 2022 — documentos revelados, contudo, mostram que o ex-assessor da Presidência para Assuntos Internacionais estava no Brasil naquela data. Em virtude da informação do DHS, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mandou prender Martins, no ano passado, e o manteve na cadeia por seis meses.

Durante a audiência de hoje, Presnell fixou prazo para a apresentação do chamado “Dispositive Motions”. Resumidamente, são petições processuais que permitem às partes requerer o encerramento antecipado da ação, com base nos fatos e provas apresentados até ali, sem necessidade de julgamento completo e visando uma conclusão mais célere do processo.

Sendo assim, caso sejam aceitos, esses pedidos permitirão que o caso possa ser resolvido por decisão sumária, caso o magistrado entenda não haver controvérsia relevante sobre os fatos essenciais. Além disso, Presnell autorizou a abertura da fase chamada “Discovery”, que permite a produção de provas, coleta de documentos e troca de informações entre as partes. Essa etapa pode ser considerada equivalente à fase de instrução no sistema processual brasileiro.

Argumentação da defesa de Filipe Martins
De acordo com a defesa de Martins, os dados incorretos surgiram em abril de 2024, quando ele já se encontrava preso no Brasil, e indicavam uma suposta entrada nos EUA em 30 de dezembro de 2022 — informação posteriormente retificada pelo governo americano, que removeu o registro em julho daquele ano e reconheceu como última entrada válida uma viagem realizada em setembro de 2022.

Eis algumas inconsistências apontadas pela defesa:

Nome incorreto (“Felipe”, em vez de “Filipe”);
Classe de visto diferente da utilizada por Martins;
Número de passaporte oficialmente cancelado e inativo desde fevereiro de 2021

FONTE/CRÉDITOS: Paulo Figueiredo
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