Em meio ao aumento de 50% na tarifa imposta pelos Estados Unidos às exportações brasileiras, produtores rurais intensificam manifestações de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por meio de vídeos divulgados em redes sociais. O movimento, articulado principalmente em grupos do WhatsApp, busca fortalecer Bolsonaro diante das críticas que surgiram no setor agropecuário depois do anúncio da medida por Donald Trump.
O governo Lula responsabiliza Bolsonaro, seus familiares e aliados pela elevação da tarifa, alegando que se trata de uma retaliação política relacionada ao cenário eleitoral de 2026. Durante a divulgação da sobretaxa, na semana passada, Trump mencionou o julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, classificando o episódio como “vergonha internacional” e “caça às bruxas”.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, e aliados afirmam que a retirada da tarifa só será possível caso haja uma “anistia ampla, geral e irrestrita” para Bolsonaro. Já o presidente do Sindicato Rural de Ribeirão Preto e da Associação Rural do Vale do Rio Pardo (Assovale), Paulo Junqueira, confirmou à CNN Brasil a mobilização em defesa do ex-presidente, mas discordou da relação entre anistia e recuo do tarifaço.
Junqueira também declarou que a decisão de Trump teria sido influenciada pela Cúpula do Brics, realizada no Rio de Janeiro, e não por solicitação de Bolsonaro
“Para mim, que represento uma boa parte do agro, a culpa do tarifaço é do presidente Lula e da equipe dele, que não está dialogando com os Estados Unidos. Bolsonaro deu paz e segurança jurídica aos produtores rurais”, afirmou Junqueira.
Junqueira também declarou que a decisão de Trump teria sido influenciada pela Cúpula do Brics, realizada no Rio de Janeiro, e não por solicitação do ex-presidente. Sobre críticas no próprio agronegócio ao ex-presidente, o ruralista argumentou que apenas o “agro business, o agro faria limer” se posiciona contra Bolsonaro.
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